(...) Cartas fechadas, escritas por você, voam pela minha janela como pássaros Com um mantra eterno, meu porteiro repete obediente que acabei de sair Ouço chamar meu nome da calçada enquanto lixo as unhas vendo Netflix Não autorizo no meu Instagram suas dezenas de clandestinos directs Meu Facebook não tem brechas para suas tentativas vãs de acesso Em algum cemitério cibernético seus emails jazem abandonados Suas insistentes ligações entram como spam no meu celular Meu fantasma recebe calado suas mensagens no WhatsApp Arcaicos SMS com suas palavras vazias são deletados Eu te devolvo toda a dor. Artwork: Aykut Aydoğdu